quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Invicta


Foto de Hugo Tinoco

Regressar ao Porto é sempre uma emoção!
Os seis anos que cá vivi, deixaram a sua marca indelével, pelo que posso até passar anos sem cá vir e até sem grandes exercícios recordativos…mas sempre que volto à Invicta estremeço.
Neste caso o habitual saudosismo do “…no meu tempo é que era”, extrema-se pela nostalgia desta minha casa adoptiva, o ter sido nos imprescindíveis anos de faculdade...quando se deixa a família e a ilha, onde se mergulha no mundo, se vive intensamente e se afirmam os valores.
Muito muda na cidade física, novas estradas e viadutos, centros comerciais, outros pontos de culto e novas rotas urbanas...
Mas a alma continua cá toda, intacta e imutável.
Continua a rudeza e voz alta das tripeiras, alternada com a beleza disfarçada das moças nortenhas.
Continua o palavrão ingénuo apregoado sem malícia, e o silêncio enigmático do rio.
Continua a agressividade delicada, despoletada à mínima injustiça, contrabalançando o calor emotivo de sentimentos puros.
Continua a humidade que sobe do Douro, enevoando o topo dos prédios, contrastando com o desafogo azul da foz.
Continuam as noites muito undergrond fashion e o conservadorismo das grandes famílias tradicionalistas. Os grandes movimentos neo artísticos e culturais que evoluem alternativamente, sem a exposição e notoriedade da capital, mas também sem as pressões populistas da exposição maciça.
O Porto continua a ser a “Invicta”, a Ribeira, a Boavista e a Foz. Continua a ser a névoa e o calor humano, o rude e o sofisticado...

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Olhar



Porque me olhas assim
No vago do teu olhar
Que é tão grande como o mar
Tão forte como tu em mim
Dedicado a L.

Texto de J.C.Fraga

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Regresso às Origens