Foto by Alcina Mil Homens
Percorro a ilha como sempre.
Mas agora sinto-me diferente...
È uma sombra surda, que caminha comigo, invisível através dos meus sítios mais secretos da ilha.
Concentro-me para falar com os azuis...mas não estou sozinho. Presinto que alguém me ouve e fico sempre à espera de outra voz surgir.
Deito-me e rebolo no verde mas não estou à vontade...suspeito que alguém me observa por entre as hortências e criptomérias.
Tacteio à procura de um rosto, de uma mão...de uma resposta!
Percebo então que és tu que andas em mim. Não te vejo nem toco mas sinto-te comigo, sempre...o tempo todo.
Partilho contigo os recantos secretos da ilha, a melhor duna para ver a lua e o melhor angulo do sol nascente. O vento da fajã já não sopra só para mim e no meu castelo secreto há agora duas janelas viradas para o mar.
Já não estou sozinho quando tomo banho à noite na praia e os garajaus já não cantam só para mim.
Levo-te à minha cascata escondida, à minha praia deserta, à torre do farol abandonado para vermos os golfinhos passarem. Mostro-te as hortências mais azuis e as azáleas mais cheirosas, a erva mais macia e as sombras mais frescas.
Mas agora sinto-me diferente...
È uma sombra surda, que caminha comigo, invisível através dos meus sítios mais secretos da ilha.
Concentro-me para falar com os azuis...mas não estou sozinho. Presinto que alguém me ouve e fico sempre à espera de outra voz surgir.
Deito-me e rebolo no verde mas não estou à vontade...suspeito que alguém me observa por entre as hortências e criptomérias.
Tacteio à procura de um rosto, de uma mão...de uma resposta!
Percebo então que és tu que andas em mim. Não te vejo nem toco mas sinto-te comigo, sempre...o tempo todo.
Partilho contigo os recantos secretos da ilha, a melhor duna para ver a lua e o melhor angulo do sol nascente. O vento da fajã já não sopra só para mim e no meu castelo secreto há agora duas janelas viradas para o mar.
Já não estou sozinho quando tomo banho à noite na praia e os garajaus já não cantam só para mim.
Levo-te à minha cascata escondida, à minha praia deserta, à torre do farol abandonado para vermos os golfinhos passarem. Mostro-te as hortências mais azuis e as azáleas mais cheirosas, a erva mais macia e as sombras mais frescas.
Todos os tesouros e riquezas da ilha deixaram de ser só meus...são também teus.
Não te vejo nem te toco, mas sinto-te por perto...és tu que andas em mim.
Não te vejo nem te toco, mas sinto-te por perto...és tu que andas em mim.
dedicado a L.