
Foto by Paulo Freitas
Percorri a úmbria de um eclipse
Que nas vagas não reflectia
Apaguei os olhos e sorri com uma lágrima
Ao abrir, fitei o azul
O azul do céu, do mar e da lua
Ouvi então estremecerem as ondas
E a areia lacrimar
Voltaram os raios lunares,
Voltei ao luar da noite
Húmida e fria
Em que me movo
E te deito.
Meu eterno mar.
Nuno Travanca