domingo, 15 de janeiro de 2006

Ainda Assim

Ainda que a minha alma estilhaces
quando me cravas o punhal da indiferença
Ainda que me envenenes as artérias
quando range o escarro do teu desprezo
Ainda que me envelheças a pele
quando a tua mudez me retira a voz
Ainda que me rasgues a carne
quando o silêncio me nega
Ainda que me apodreças em solidão
quando corrois os vestígios de ti
Ainda assim…
É no alto mar que me hei-de afogar


Sylilli