segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006

À espera



Não se exila o coração, antes de partir
deixá-lo-emos suspenso no alto duma falésia
debruçada para o mar
e ele continuará batendo
aos acordes do vento e das marés
e tão ajustado ao corpo que lhes pertence
que a única distância possível entre eles
será sempre a do tempo que medeia
entre a ausência e o regresso.


Hugo Santos