sábado, 13 de janeiro de 2007

Acreditar no Mar


Foto by Paulo Freitas

Percorri a úmbria de um eclipse
Que nas vagas não reflectia
Apaguei os olhos e sorri com uma lágrima
Ao abrir, fitei o azul
O azul do céu, do mar e da lua
Ouvi então estremecerem as ondas
E a areia lacrimar
Voltaram os raios lunares,
Voltei ao luar da noite
Húmida e fria
Em que me movo
E te deito.
Meu eterno mar.

Nuno Travanca