segunda-feira, 1 de maio de 2006

Atlântida



Atlântida mãe de ventos e de brumas,
Teu coração repousa nas persianas de luz,
Das hortências da ilha.
Um deus vem e traz nas mãos enternecidas
Um pedaço de lava e um açor errante
Que sabe os segredos dos altos cumes da montanha.
Nos teus olhos adivinhar-se-á sempre
O mais seguro caminho do êxtase e do degredo,
Do recolhimento e da dádiva,
Da alegria e do prodígio.


Hugo Santos