segunda-feira, 17 de julho de 2006

Acordar



Ontem ao acordar lembrei-me de ti.
Deviam ser nove horas, a julgar pelos trinados do sino no silêncio de fim de semana.
Também pareceu-me ouvir chilrear de pássaros, mas não vou jurar que eram reais...talvez fossem ainda os que ouvi na tua cama.
Virei-me à procura de ti, na secreta esperança que fosse real o meu desejo, mas o teu lado da cama estava vazio.
Fiquei a olhar a escassa claridade que a persiana deixava entrar, desenhando os nossos momentos felizes dos últimos dias. São os teus gestos, sorrisos e silêncios que me fazem feliz...são os teus sonhos que se confundem com os meus.
Então, virei-me novamente na cama e fiquei a venerar cada página do teu livro, como se me preparasse para voar...até ti.